No âmbito das comemorações do 250.º aniversário do nascimento de Francisco António Ciera (1763-1814), e por iniciativa do Exército Português, estará patente ao público, nas Caves Manuelinas do Museu Militar de Lisboa, entre 22 de maio e 30 de junho, a exposição temática "O Último Cosmógrafo-Mor".

Considerando os contributos prestados pelo homenageado à Ciência, designadamente a criação do telégrafo de Ciera (sistema português de comunicações terrestres que veio a ser instalado nas Linhas de Torres Vedras), a Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres Vedras tem vindo a dinamizar as mencionadas comemorações.

De referir que o telégrafo de Ciera funcionou como uma redundância do sistema inglês: nas proximidades de cada uma das estações inglesas foi instalado um telégrafo português de ponteiro, garantindo a total eficácia do sistema de comunicações. Os dois sistemas mantiveram o seu funcionamento simultâneo durante o período de ocupação das Linhas de Torres Vedras pelo exército anglo-luso, na sequência da criação formal do Corpo Telegráfico, a primeira unidade de Transmissões do Exército Português, através de um decreto de 5 de março de 1810, cujo primeiro diretor-geral foi, precisamente, Francisco António Ciera.

No referido espaço do Museu Militar de Lisboa estará igualmente um stand informativo e promocional da Rota Histórica das Linhas de Torres, por meio do qual se dará a conhecer aos visitantes a mesma, convidando-os a visitá-la.

Aquando da inauguração da mencionada exposição, no dia 21 de maio, pelas 14h30, serão realizadas duas palestras alusivas à vida e obra do homenageado e proceder-se-á ao lançamento de um Inteiro Postal com Carimbo Comemorativo, uma iniciativa da Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres Vedras em parceria com os CTT e o Exército Português.